Autor: Gonzaga Rodrigues

Colunistas

De pequenas obras também se vive

Há pequeníssimas coisas que dispensam autoria mas que terminam trazendo do borralho de nossas vaidades a parte que temos com elas. São autorias que não vão além do autor e que justificam aquelas memórias saudadas por Flávio Sátiro em ensaio circunstancial como “a história por dentro”, ou seja, o depoimento narrado sem pretensões historiográficas, como quem abraça ou acarinha um álbum nem sempre fotográfico de instantes incrivelmente memoráveis, que nunca nos largam e que os de fora jamais se darão pela significação deles.

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Colunistas

Joaquim Silva

Retomo o livro de Sales Gaudêncio, em sua 2ª edição, “Joaquim da Silva: um empresário ilustrado do império”. No prefácio, o professor Joaquim Falcão, da Academia Brasileira, endossa de antemão a ressalva do autor de que “não pretende fazer a biografia de um ‘tipo representativo’ e sim, fazer uma ‘biografia contextual’ (…) atenta às especificidades individuais, sem deixar de valorizar a época, o meio e a ambiência”.

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Colunistas

Faltava-me Elizabeth

Nos anos setenta animava-me o sonho de leitor literário ou de boa parte dos leitores do gênero de se transpor inteiro na ventura libertária de uma criação superior às rígidas limitações da vida. De superar essas limitações não só esconjurando-as no endereço da consciência social mas ajudando na formação dessa consciência.

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Na estrada sem fim

No dia da cidade para onde viemos e com a qual nos transfundimos, ambos no vigor da idade, agora, nesse 5 de agosto de 2023, sai Neiva, José Neiva Freire, de vida completada para o descanso eterno; e saio eu, passando do tempo, a vagar do meu tugúrio por ruas de pouca fala, frontais caídos iguais ao meu, e janelas sem amizades, bons-dias nem saudares.

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Colunistas

Riquezas encobertas

Algumas coisas que, a meu pensar, poderiam ter bom futuro na Paraíba, os minérios, por exemplo. Fala-se muito do algodão que, com o gado, encontrou na campina extensa que deu nome à grande cidade o maior centro brasileiro de comercialização do produto. Os teares ingleses não viam distância, como os americanos na era da agave.

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O firmamento

Faz tempo, muito tempo, que não leio o céu com esse nome. Foi como aprendi a chamar a abóbada celeste que cobria de luz ou de estrelas o sítio lá de casa.

Era assim que ouvia de minha mãe, não com o céu amojado de chuva a castigar a lama do brejo ou dos mangues, mas com o amplo e infinito céu bem aberto, pleno de claridade, em condições de acolher todos os sonhos ou esperanças.

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