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Agevisa orienta retirada de produtos capilares irregulares do mercado por risco à saúde

A Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) recomendou a apreensão de produtos capilares irregulares comercializados na Paraíba. A medida tem como objetivo reforçar o combate à venda de pomadas e alisantes para cabelos que representam sérios riscos à saúde dos usuários.

Segundo a Agevisa, alguns desses produtos vêm provocando efeitos adversos graves, como ardência e inchaço nos olhos, coceira, dor de cabeça e até perda temporária da visão, em casos registrados em diversos estados brasileiros.

Entre os produtos considerados de risco estão os alisantes capilares que contêm substâncias proibidas, como o formol (formaldeído) e o ácido glioxílico. Apesar de permitido como conservante e endurecedor de unhas em concentrações controladas, o formol é proibido para fins de alisamento capilar devido à sua toxicidade. Já o ácido glioxílico, amplamente utilizado em progressivas, também não é autorizado para esse fim, especialmente por liberar compostos perigosos quando submetido ao calor.

De acordo com a orientação nacional, os consumidores devem redobrar a atenção ao escolher produtos capilares. A recomendação é adquirir apenas itens registrados na Anvisa, evitar alisantes vendidos sem rótulo ou em plataformas de procedência duvidosa, e desconfiar de promessas como “progressiva sem química”. O uso de alisantes em cabelos descoloridos também deve ser evitado, pois esses fios estão mais frágeis e propensos a danos severos.

Para aplicação segura, orienta-se seguir corretamente as instruções do fabricante, realizar o teste de mecha, evitar o contato direto com o couro cabeludo, e reduzir o uso de prancha e secador, já que o calor intensifica os efeitos nocivos das substâncias químicas.

Os profissionais de salões de beleza também devem observar cuidados rigorosos. A recomendação é utilizar apenas produtos regularizados, manter ambientes bem ventilados, utilizar equipamentos de proteção, recusar a aplicação de produtos sem registro e evitar a combinação de procedimentos como descoloração seguida de alisamento. Caso haja suspeita de efeitos adversos ou produto irregular, o fato deve ser notificado aos órgãos competentes.

A adição de substâncias proibidas, como o formol, a cosméticos é considerada infração sanitária grave e pode configurar crime hediondo, conforme previsto no Código Penal Brasileiro. A Agevisa destaca a importância da fiscalização e da denúncia por parte da população para proteger a saúde coletiva e coibir a comercialização desses produtos nocivos.

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