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Ação que pode permitir o aborto é discutida em sessão especial

Na tarde de quarta-feira (27), a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) promoveu uma sessão especial para debater o tema “Não ao Aborto (ADPF 442) e defesa do Nascituro”. A sessão foi proposta pelo vereador Carlão (PL). Na ocasião, também foi realizada a entrega da comenda Papa João Paulo II à fundadora da Comunidade “Missão És Fiel”, Mércia Mousinho, primeira instituição pró-vida da Paraíba.

Na justificativa da sessão, o vereador Carlão disse que a motivação foi a vida. “A vida está em risco. O assassinato de bebês nos ventres de suas mães pode ser propagado por uma instituição jurídica tratando de um direito natural, a proteção de um inocente. Dentro do ventre, não se tem nem o direito de gritar. Hoje o debate é sobre isso e mais do que um debate, é um clamor. O Brasil inteiro vem falando sobre a ADPF 442 que é um verdadeiro “holocausto” infantil, um “holocausto” de brasileiros se for aprovada. Ela é o assassinato e a promoção de assassinatos de crianças inocentes nos ventres de suas mães e não é possível que a caneta de um homem ou de alguns homens e algumas mulheres por se acharem poderosos ou mantenedores da lei decidam quem vive e quem morre. O maior ato de covardia é matar um homem ou uma mulher, mas não existe ato maior de covardia do que matar uma criança que está no ventre da sua mãe e nós precisamos denunciar isso e anunciar o Evangelho, anunciar aquele que deu a vida pela vida e não é justo, honesto e decente e não é moral que por causa de uma caneta, pela falácia de saúde pública, nós assassinemos ou possamos promover a morte de crianças nos ventres de suas mães. E o pior de tudo, isso vai acontecer com o dinheiro de cada um dos pagadores de impostos dessa nação”, afirmou.

O parlamentar acrescentou saber as dificuldades que cada mãe e cada mulher pode passar. “Temos que criar institutos que protejam a vida e nesse momento a minha fala é essa, para que as mulheres da cidade de João Pessoa entrem nesse debate. Acredito verdadeiramente que o grito que João Pessoa está dando aqui com essa sessão especial será escutado em Brasília. São pessoas unidas em oração em favor da vida e contra o aborto”, acrescentou.

Carlão ainda falou sobre a motivação para a entrega da Comenda Papa João Paulo II a Mércia Mousinho. “Ela é fundadora da primeira comunidade pró-vida da Paraíba e tem um trabalho lindo de proteção das mães que, muitas vezes, pensam em abortar por não terem condições sociais. Mércia salvou muitas vidas e por tudo o que ela fez e por esse momento em que estamos vivendo, devemos apresentar à sociedade pessoense e paraibana que existem sim instituições e órgãos que guardam e protegem a vida e Mércia Mousinho merece isso por tudo”, celebrou.

Também presente em plenário, o Padre Romualdo defendeu a união de todos os segmentos contra o aborto, porque a causa é justa e nobre. “Estamos gritando por um direito natural e nós lamentamos que em um país em que se defende o direito da tartaruga nascer, pois é justo defender o meio ambiente, proteger a natureza, mas precisamos proteger a raça humana. Todas as vidas são importantes e não podemos ceifar a vida de um inocente”, colocou.

O Padre Marcelo Monte, assessor eclesiástico do setor Família e Vida da Arquidiocese, reforçou dizendo que a posição da igreja é sempre a favor da vida em qualquer circunstância, desde a concepção até o seu declínio natural. “Sabemos que a questão do aborto não é estritamente religiosa, mas é uma questão humana e a igreja é perita em humanidade e tem a obrigação moral dada pelo Evangelho para defender as questões humanas. A igreja compreende e entende o drama que as pessoas envolvidas no aborto, mais especificamente as mulheres são feridas e a igreja tem uma palavra de consolo e perdão, mas ela precisa dizer que ninguém tem o direito de decidir a vida humana e esse direito só cabe a Deus e Ele é sempre o Deus da vida”, defendeu.

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